Fique por dentro – O direcionamento da execução fiscal contra os administradores

A responsabilidade tributária dos sócios e administradores da pessoa jurídica devedora de tributos está prevista nos artigos 134. VII, e 135, I, II, III, do Código Tributário Nacional (CTN). O Superior Tribunal de Justiça (STJ) fixou o entendimento de que o mero inadimplemento do crédito tributário não possibilita o redirecionamento da execução fiscal contra os administradores da empresa devedora. No caso de dissolução irregular da pessoa jurídica devedora, o STJ permite o redirecionamento da execução fiscal contra os sócios e administradores. Essas são algumas das questões abordadas pelos Tribunais Superiores relacionadas à responsabilidade tributária dos sócios e administradores em casos de execução fiscal.

O redirecionamento da execução fiscal contra os administradores é um tema de extrema relevância no contexto da legislação tributária no Brasil. Esse mecanismo jurídico permite que os gestores de uma pessoa jurídica sejam responsabilizados financeiramente pelos débitos fiscais da empresa, caso seja comprovada a prática de atos que caracterizem a sua participação direta ou indireta na ocorrência desses débitos.

Essa possibilidade de redirecionamento da execução fiscal está prevista no artigo 135 do Código Tributário Nacional (CTN). De acordo com esse artigo, os diretores, gerentes ou representantes legais de uma pessoa jurídica podem ser pessoalmente responsabilizados pela dívida tributária, caso tenham agido com excesso de poderes ou infração à lei, contrato social ou estatuto da empresa.

A execução fiscal é um procedimento judicial utilizado pelo Estado para a cobrança de dívidas fiscais não pagas. Quando uma pessoa jurídica não cumpre com suas obrigações tributárias, o Fisco pode adotar medidas para recuperar os valores devidos, sendo o redirecionamento da execução fiscal uma delas.

Para que o redirecionamento da execução fiscal seja possível, é necessário que sejam observados alguns requisitos. O primeiro deles é a comprovação da ocorrência de algum ato praticado pelos gestores que configure a responsabilização pessoal pelos débitos fiscais. Além disso, é preciso demonstrar que esses gestores agiram com dolo, ou seja, com intenção de prejudicar o pagamento dos impostos devidos.

Outro requisito importante para o redirecionamento da execução fiscal é a prévia tentativa de cobrança dos débitos fiscais da pessoa jurídica. Ou seja, antes de responsabilizar os gestores, o Fisco deve esgotar todas as possibilidades de cobrança da dívida da empresa, utilizando-se dos meios legais disponíveis.

A decisão de redirecionar a execução fiscal contra os administradores é tomada pela autoridade administrativa competente, ou seja, pelo órgão responsável pela cobrança dos débitos fiscais. Essa decisão pode ser objeto de recurso administrativo por parte dos gestores, caso estes não concordem com a responsabilização pessoal.

O redirecionamento da execução fiscal contra os administradores é uma ferramenta importante para combater a sonegação fiscal e garantir o pagamento dos tributos devidos ao Estado. A responsabilização dos gestores pode ser uma forma eficaz de evitar que empresas ajam de forma irresponsável ou fraudulenta, utilizando-se de manobras para não cumprir com suas obrigações fiscais.

Contudo, é preciso ter cuidado para não responsabilizar injustamente os administradores, especialmente em casos em que houve o encerramento da empresa ou a adoção de medidas legais de reestruturação empresarial. Nesses casos, é fundamental observar se os gestores agiram de forma idônea, utilizando-se de todos os recursos possíveis para o cumprimento das obrigações tributárias.

Em suma, o redirecionamento da execução fiscal contra os administradores é uma medida legal importante para garantir a responsabilização dos gestores pelos débitos fiscais da empresa. No entanto, é preciso que essa medida seja aplicada de forma justa, observando-se os requisitos legais e evitando-se injustiças. O objetivo final é assegurar a arrecadação dos tributos devidos ao Estado, de modo a garantir o funcionamento adequado da máquina pública e o cumprimento das políticas sociais.

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