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Vamos avançar nos temas de Engenharia de Software, uma das principais áreas de Tecnologia da Informação (TI). Conforme prometido no artigo anterior desta série (e promessa é dívida), falaremos hoje de Scrum.

O nosso objetivo é destrinchar o famoso framework para desenvolver software. Nossa referência será “O Guia do Scrum”, edição de 2020. Veja o que te espera então:

  • Definição
  • Pilares e Valores do Scrum
  • Conceito de Sprint
  • Artefatos e Compromissos do Scrum
  • Eventos do Scrum
  • Time Scrum e suas Responsabilidades
  • Mapa Mental

Para a leitura, você precisa ter noções básicas de metodologias de desenvolvimento de software. Mas calma, porque vamos explicar o que for necessário para o seu aprendizado render.

À primeira vista, o artigo pode parecer longo, diante da quantidade de tópicos que propomos. Não se engane. Preparamos uma publicação bem reduzida e didática, a fim de fisgá-lo na leitura. Afinal, queremos você conosco até a Conclusão. Vamos começar então?

Tempo de leitura aproximada: 5 a 10 minutos

Antes de mais nada, Scrum é um framework de desenvolvimento de software ágil. Ele é leve, simples e ajuda pessoas, times e organizações a gerar valor por meio de soluções adaptativas para problemas complexos. Visto que é um guia, não há instruções detalhadas, apenas orientações.

Nota de Esclarecimento: A fim de facilitar a didática e proporcionar um melhor aprendizado, optamos por apresentar as informações em ordem diferente de “O Guia do Scrum”.

Primeiramente, os pilares do Scrum são transparência, inspeção e adaptação.

Transparência: o trabalho deve ser visível para quem o executa e para quem o recebe.

Inspeção: os artefatos do Scrum e o progresso em direção às metas acordadas devem ser inspecionados com frequência e diligência para detectar variações ou problemas potencialmente indesejáveis.

Adaptação: se algum aspecto de um processo se desviar fora dos limites aceitáveis ou se o produto resultante for inaceitável, o processo que está sendo aplicado ou os materiais que estão sendo produzidos devem ser ajustados.

Para quem gosta de mnemônicos, memorize TIA.

Os valores orientam o Time Scrum em relação ao trabalho, ações e comportamento. Veja quais são (invertemos a ordem do guia a fim de facilitar a memorização):

  • Foco
  • Respeito
  • Abertura
  • COmpromisso
  • COragem
Figura 2 – Mnemônico FRA(CO)2 para os Valores do Scrum.
Figura 2 – Mnemônico FRA(CO)2 para os Valores do Scrum.

“O Guia do Scrum” não detalha os valores, assim como foi feito com os pilares. Dessa forma, você não precisa se preocupar a fundo para a prova.

Nota de Esclarecimento: Em “O Guia do Scrum”, a Sprint é apresentada como um evento do Scrum. Neste artigo, por questões didáticas, vamos apresentar o conceito de Sprint primeiro, de forma apartada. Mas ela continua sendo um evento.

No Scrum, tudo gira em torno da Sprint. Ela é a transformação das ideias em valor. Ou seja, inclui todo o trabalho necessário para atingir a meta do produto (falaremos sobre isso mais a frente).

Uma nova Sprint começa imediatamente após a conclusão da anterior. Durante sua execução, nenhuma mudança que coloque em risco sua meta pode ser feita. Ainda que seu escopo possa ser esclarecido e negociado, a Sprint pode ser cancelada se a sua meta se tornar obsoleta.

Duração: 1 mês ou menos (projeto curto).

Os artefatos representam o trabalho ou o valor. O Scrum trabalha com 3 artefatos: Product Backlog, Sprint Backlog e Incremento. Vamos falar sobre eles:

Product Backlog: lista ordenada e emergente do que é necessário para melhorar o produto. Se estiver achando complicado, pense em uma lista de funcionalidades do produto para implementar. É a única fonte de trabalho.

Sprint Backlog: conjunto de itens do Product Backlog selecionados para a Sprint. Ou seja, como normalmente a implementação do Product Backlog é extensa, ele é dividido em vários Sprints Backlogs, que serão desenvolvidos em uma Sprint.

Incremento: entrega criada em uma Sprint. Enquanto a Sprint Backlog está mais ligada à funcionalidade, o incremento está mais ligado à saída produzida. Cada incremento é adicionado aos anteriores e completamente verificado, garantindo que todos funcionem juntos.

Cada artefato contém um compromisso. O compromisso simboliza o que será alcançado com aquele artefato. Veja quais são:

ArtefatoCompromisso
Product BacklogMeta do Produto
Sprint BacklogMeta da Sprint
IncrementoDefinição de Pronto
Tabela 1 – Artefatos e Compromissos do Scrum.

Meta do Produto: objetivo de longo prazo a ser cumprido para o Time Scrum. Descreve um estado futuro do produto que pode servir para o planejamento.

Meta da Sprint: único objetivo da Sprint. Em outras palavras, é o trabalho exato necessário para alcançá-lo.

Definição de Pronto: descrição formal do estado do Incremento quando ele atende às medidas de qualidade exigidas para o produto (está pronto, de fato).  Ou seja, quando um item do Product Backlog atende a Definição de Pronto, temos um Incremento. Caso contrário, ele não poderá ser liberado.

Os eventos no Scrum, quase sempre, são espécies de reuniões com um objetivo. A exceção é a Sprint. Como já falamos sobre ela anteriormente, vamos ver os demais:

Figura 3 – Eventos do Scrum.
Figura 3 – Eventos do Scrum.
  • Inicia a Sprint.
  • Define o trabalho a ser realizado.
  • Busca responder às perguntas: “Por que a Sprint é valiosa?”, “O que pode ser feito nesta Sprint?” e “Como o trabalho escolhido será realizado?”.

Duração: 8h para uma Sprint de 1 mês.

  • Inspeciona o progresso em direção à Meta da Sprint.
  • Adapta o Sprint Backlog conforme necessário, ajustando o próximo trabalho.
  • Realizado todos os dias da Sprint, no mesmo horário e local.

Duração: 15min. 

  • Inspeciona o resultado da Sprint.
  • Revisão do que foi realizado na Sprint e o que mudou no ambiente.
  • Determina as alterações futuras a fim de atingir a meta do produto.

Duração: 4h para uma Sprint de 1 mês.

  • Conclusão da Sprint.
  • Discussão sobre o que deu certo durante a Sprint, problemas e soluções.
  • Planejamento de maneiras a fim de aumentar a qualidade e a eficácia.

Duração: 3h para uma Sprint de 1 mês.

O Time Scrum compõe-se de profissionais que efetivamente trabalham no produto. Seguem suas principais características:

  • Multifuncionais: os membros possuem as habilidades necessárias para criar valor.
  • Autogerenciáveis: membros decidem quem faz o quê, quando e como.
  • Composto por 10 ou menos pessoas: pequeno o suficiente para permanecer ágil e grande o suficiente para concluir um trabalho significativo.
  • Responsável por todas as atividades relacionadas ao produto.

Existem 3 responsabilidades específicas dentro do Time Scrum: Product Owner, Scrum Master e Developers. Seguem suas características:

  • Maximização do valor do produto resultante.
  • Gerenciamento eficaz do Product Backlog.
  • Desenvolvimento e comunicação explícita da meta do produto.
  • Criação e comunicação clara dos itens do Product Backlog.
  • Ordenação dos itens do Product Backlog.
  • Garantia de que o Product Backlog seja transparente, visível e compreensível.
  • Autoridade para cancelar a Sprint e renegociar o Sprint Backlog.

Você Sabia? O Product Owner é uma pessoa, não um comitê. Ele pode fazer o trabalho por conta própria ou delegar, mas continua sendo o responsável.

  • Estabelecimento do Scrum conforme o guia.
  • Eficácia do Time Scrum.
  • Liderança, treinamento e orientação na adoção do Scrum.
  • Planejamento e aconselhamento de implementações de Scrum.
  • Remoção de barreiras entre partes interessadas e Time Scrum.
  • Criação dos Incrementos utilizáveis.
  • Criação de um plano para a Sprint (Sprint Backlog).
  • Adaptação do plano a cada dia em direção à meta da Sprint.
  • Responsabilização como profissionais.

Por fim, chegamos a um dos momentos mais esperados. Esta seção já virou praticamente obrigatória nos artigos de TI. Sem mais delongas, eis o mapa mental.

Figura 4 – Mapa Mental de Scrum.
Figura 4 – Mapa Mental de Scrum.

Já estávamos com a conclusão pronta, mas recebemos uma mensagem superior para mudar o texto. Achamos melhor nem mencionar de quem partiu a orientação, pois certamente você não vai acreditar.

Por fim, seguem os links do material do Estratégia Concursos para o aprofundamento do conteúdo (http://www.estrategiaconcursos.com.br/cursos/) e do Estratégia Questões para treinar os conceitos aprendidos (https://concursos.estrategia.com/).

Bons estudos e até a próxima!

Cristiane Selem Ferreira Neves é Bacharel em Ciência da Computação e Mestre em Sistemas de Informação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), além de possuir a certificação Project Management Professional pelo Project Management Institute (PMI). Já foi aprovada nos seguintes concursos: ITERJ (2012), DATAPREV (2012), VALEC (2012), Rioprevidência (2012/2013), TJ-RJ (2022), TCE-RJ (2022) e CGE-SC (2022/2023). Atualmente exerce o cargo efetivo de Auditora de Controle Externo – Tecnologia da Informação no TCE-RJ, além de ser produtora de conteúdo dos Blogs do Estratégia Concursos, OAB e Carreiras Jurídicas.

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