Fique por dentro – As principais características do monopólio de mercado

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Olá, pessoal! Como estão?
Vamos falar nesse artigo sobre as principais características do monopólio de mercado. Além das definições principais, o objetivo é aprofundar em alguns outros temas específicos relacionados ao tema e que te farão ganhar pontos preciosos.

Conceitos iniciais sobre monopólio de mercado

Ao iniciarmos qualquer temática sobre as principais características do monopólio de mercado, temos que discorrer sobre definições básicas.

Diz-se que o mercado é monopolista na oferta de determinado bem ou serviço quando apenas 1(uma) empresa vende determinado produto/serviço. Portanto, há um domínio de mercado.

Devido a esse domínio, o monopolista é capaz de influenciar os preços do mercado, sendo chamado, então, de formador de preço. Nesse contexto, podemos fazer um contraponto com o mercado em concorrência perfeita em que as empresas são tomadoras de preço, ou seja, não são capazes, individualmente, de influenciar nos preços.

No aspecto econômico, o preço do produto do monopolista está acima do seu custo marginal(Cmg). Por conseguinte, quanto maior essa distância(P>Cmg), maior será o seu Poder de Mercado.

Obs. O custo marginal é aquele acrescido caso a empresa produzisse mais uma unidade do produto.

Ainda nos conceitos iniciais, é bom que se diga que uma das principais características para a existência do monopólio é a presença de barreiras à entrada de novas empresas. Podemos citar como exemplo as concessões governamentais para distribuição de energia – só a concessionária pode ofertar o serviço.

Monopólio natural

Outra definição importante é a de monopólio natural. Nesse monopólio, os custos fixos para a entrada são muitos altos. Assim, como só uma empresa presta o serviço, ela pode diluir esses valores entre todos os consumidores. Se tivéssemos mais de uma empresa que prestasse esse tipo de serviço, o custo ao consumidor final seria muito alto.

Como exemplo, podemos citar concessionárias de água e esgoto.

Comportamento das variáveis no monopólio de mercado

Pessoal, vamos mostrar o comportamento das principais variáveis existentes no monopólio através de uma tabela. Com ela, será mais fácil a visualização.

Vamos imaginar que se trata de um monopólio de venda de um medicamento X.

Entendamos as abreviações como a seguir:

  • Q = Quantidade;
  • P = Preço;
  • RT = Receita Total = P.Q;
  • Rmg = Receita Marginal = variação da RT/variação da Q;
  • Rme = Receita média = variação da RT/Q

A partir da análise da tabela, podemos tirar algumas conclusões.

De início, a relação entre preço e quantidade no mercado monopolista é INVERSAMENTE PROPORCIONAL. Ou seja, se o preço diminui, a quantidade aumenta, e vice-versa.

Além disso, a Receita Total só aumenta até o ponto em que a Receita Marginal se iguala a zero. Outro ponto é que a Rme é igual ao preço.

O lucro máximo no monopólio

Nobres, uma definição que sempre “cai” em concursos é o momento em que a firma tem o “lucro máximo”. No caso do monopólio, a maximização do lucro ocorre no nível de produção em que a Rmg = Cmg.

Vejam que no ponto E, temos o encontro da receita marginal com o Custo Marginal. É nesse ponto que temos o lucro máximo do monopolista.

Ainda usando o gráfico acima, temos o conceito de receita total do monopolista(RT) que é obtido pela multiplicação da quantidade que maximiza o lucro do monopolista(Q*) pelo preço do monopolista(P*). Veja como fica a representação gráfica:

A partir dessa definição, podemos chegar ao chamado lucro extraordinário do monopolista. Obtermos tal valor a partir da diferença entre a Receita Total(Área vermelha da figura acima) e o Custo Total(CT).

Para encontrarmos o CT de o monopolista produzir Q*, multiplicamos Q*Cme.

O monopolista trabalha sempre no ponto elástico da curva de demanda

Pessoal, revisitando conhecimentos básicos de economia, sabemos que a curva de demanda é negativamente inclinada. A Curva da demanda se divide em:

  • Parte elástica: A elasticidade preço da demanda é maior que 1, ou seja, EPD>1. Nesse caso, dizemos que os consumidores são muito sensíveis às variações de preço. Logo, por exemplo, se um produto diminuir o preço em 10%, a quantidade demandada aumentará mais do 10%. Isso faz com que a receita total aumente.
  • Parte unitária: A elasticidade preço da demanda é igual a 1, ou seja, EPD=1. Nesse caso, uma diminuição do preço em 10%, aumentará a demanda pelo produto em 105.
  • Parte inelástica: A elasticidade preço da demanda é menor que 1, ou seja, EPD<1. No caso, os consumidores são insensíveis a aumento de preço. Logo, se um produto aumentar seu preço em 10%, a demanda diminui em 5%, por exemplo.

O monopolista opera então na parte elástica da curva(reta de demanda) em que a EPD>1.

Relembramos que EPD = (variação da demanda/variação do preço).

Logo, partindo do pressuposto que o monopolista só opera no lado elástico da demanda, se derivarmos a função de RT em relação à quantidade, encontraremos a seguinte definição:

Rmg = P*(1 – 1/EPD).

Porém, sabemos que no monopólio a maximização do lucro acontece quando Rmg= Cmg. Então, podemos adaptar a fórmula da seguinte maneira:

Rmg=Cmg=P*(1 – 1/EPD).

Obs. O valor da EPD fica sempre em módulo, pois a EPD é sempre negativa. Assim, se a sua EPD der -2, insere-se na fórmula o seu valor em módulo, ou seja, +2.

Como curiosidade, tentem inserir na fórmula uma EPD menor que 1 (exemplo: 0,4) e vejam que o preço será igual a um Cmg ou Rmg NEGATIVA, o que, por óbvio, não existe.

Markup e o Índice de Lerner no monopólio

O Markup é um importante conceito que mede a relação entre o preço e o custo marginal(cmg). Quanto maior a diferença entre P e CMG, maior será esse índice.

O Markup pode ser medido de suas formas:

Markup = 1/(1 – 1/EPD) ou P/Cmg

Por outro lado, usamos o índice de Lerner para medir o poder de um monopólio, ou seja, o poder que determinada empresa tem para colocar seu preço acima do custo marginal(custo adicional de produzir mais uma unidade do produto).

Esse índice se situa entre 0 e 1. Quanto mais próximo de 1, maior o poder do monopólio. Além disso, quando o índice for 0(zero), não haverá monopólio, mas sim concorrência perfeita.

A fórmula que usamos é:

L = (P – Cmg)/P, ou;

L = 1/EPD

Pela última fórmula, chegamos à importante inferência:

Quanto maior for a EPD(Elasticidade preço da demanda), menor será o índice de Lerner e consequentemente seu poder.

Efeitos de impostos no monopólio

Algo importante para observarmos é o efeito de um imposto sobre o preço do monopolista. Suponhamos que o Governo Local determine um imposto sobre a venda(t). Esse imposto, por óbvio, aumentará o custo marginal.

Suponhamos uma EPD de 5.

Sabemos que Rmg=Cmg= P (1 – 1/EPD)

Logo, P = Cmg/(1 – 1/5).

Então, P = 1,25Cmg.

Se aplicarmos o imposto (t), temos:

P = Cmg + t/(4/5)

P = 1,25Cmg + 1,25t

Observem que o acréscimo de (t) elevou o preços em 1,25(t).

Discriminação de preços no monopólio

Dentre as principais características do monopólio de mercado, nobres, está a capacidade que o monopolista tem de discriminar os preços de acordo com classificações e técnicas de mercado de modo que ele maximize seu lucro.

Didaticamente, os estudiosos dividem essa discriminação em três graus, os quais estudaremos a seguir.

Discriminação de preços de 1º grau

Aqui, pessoal, o monopolista sabe exatamente o preço que o seu consumidor está disposto a pagar pelo produto. Assim, o monopolista vai aumentar o preço até esse patamar. Isso gera um mercado eficiente, pois extrai o máximo do consumidor sem perder mercado. Como exemplo podemos citar lançamentos exclusivos de carros de luxo – o fabricante sabe exatamente sua clientela e vai cobrar dos mesmos o valor máximo que estão dispostos a pagar.

Discriminação de preços de 2º grau

Na discriminação de preços de segundo grau, o monopolista cobra o preço de acordo com a quantidade comprada pelo consumidor. Essa prática é bem famosa no varejo. É o famoso: “leve 3, pague 2”. Outro exemplo bem palpável a nós é a discriminação por KWH que a concessionária de energia usam a depender do nosso consumo. Esse tipo de prática estimula os consumidores a demandarem menos energia, pois ao subir de faixa de consumo, pagar-se-á mais.

Discriminação de preços de 3º grau

Nesse último caso, o monopolista cobra diferentes preços não em função da quantidade demandada, mas sim das características do consumidor. Como exemplo, temos a cobrança de meia passagem em linhas de ônibus ou em cinemas. Outro exemplo é a cobrança mais barata para usuários de energia cadastrados como baixa-renda. Isso faz com que a demanda aumente, aumentando o lucro do monopolista.

Conclusão

Finalizamos aqui mais um importante artigo, que tratou das principais características do monopólio de mercado. Percebam que avançamos mais do que os simples conceitos básicos visando sua melhor preparação. Reforçamos a importância de resolução de questões para a fixação do conteúdo.

Forte abraço e bons estudos.

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Créditos:

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